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As primeiras Fórmulas Magistrais Chinesas (FMC) segundo Dr. Panizza da fitoshop foram feitas há mais de 2.000 anos. Nos livros atuais, são descritas em torno de 300 fórmulas consideradas magistrais. Atualmente estas fórmulas magistrais chinesas, junto com suas ervas isoladas são monitoradas pela legislação da Anvisa (RDC Nº 21, de 25 de Abril de 2014) que dispõem sobre a fabricação e comercialização de produtos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC).

Atualmente esta resolução foi prorrogada até 2019 e o uso dos produtos continuará a ser monitorado pela Anvisa.

A medida visa possibilitar o monitoramento de informações sobre eventos adversos e insumos por mais tempo, a fim de subsidiar a identificação de novos requisitos regulatórios para as fórmulas medicinais chinesas. Além disso, um grupo de trabalho será nomeado para promover avanços na análise dos dados disponíveis no Brasil e dos requisitos adotados por autoridades sanitárias internacionais com o objetivo de promover melhorias no processo de regulação desses produtos. A comercialização destes produtos ditos como pertencentes à MTC, com composição diferente das descritas na Farmacopeia Chinesa e com a utilização de matérias primas de origem animal, constitui infração sanitária.

Conforme a regulamentação, as formulações da medicina tradicional chinesa não são objeto de registro sanitário. Porém, os produtos só podem ser comercializados no Brasil se estiverem descritos na Farmacopeia daquele país. Além disso, as matérias-primas devem ter origem vegetal, mineral e cogumelos (fungos macroscópicos). Produtos que possuam matérias-primas de origem animal não podem ser comercializados no Brasil.

As Fórmulas Magistrais Chinesas (FMC) costumam ter de 4 até 20 componentes.

Na China existem muitas farmácias de manipulação. Os fármacos são considerados alimentos funcionais ou suplementos energéticos, são vendidos livremente até em supermercados.

Com base na RDC 21/2014 da ANVISA, seguimos os nomes de fármacos e fórmulas da Farmacopeia 2010 da República Popular da China. Por isso, alguns nomes estão diferentes dos nomes clássicos dos livros da matéria médica Chinesa.

Entretanto, para facilitar alguns profissionais acostumados com os nomes antigos, colocamos ao lado nomes alternativos das FMC.

Neste compêndio, coloquei as composições seguindo a Farmacopeia 2010, às vezes apesar de não concordar.

Existem substâncias que podem participar na fabricação da fórmula ou serem adicionadas somente na hora de tomar o produto, como Zingiberis Rhizoma Recens (gengibre), Jujubae Fructus, Citri Reticulatae Pericarpium Viride (casca de tangerina), Melle (mel) e açúcar de malte. Há outras como Natrii Sulfas (mirabilitum) e Talcum que entram na fase final, misturadas à fórmula semipronta, na produção de grânulos ou pílulas. É por isso que as composições das fórmulas podem estar diferentes nos diversos livros.

Apesar disso, em algumas FMC, tive que fazer adaptações porque não há especificação das quantidades; ou apenas mencionam número de fatias de Zingiberis Rhizoma Recens ou pedaços de Jujubae Fructus; ou mandam tomar a fórmula com decocção ou infusão de gengibre, jujuba ou casca de tangerina.

 

Abaixo uma listinha com os nomes das apresentações:

Dan                                                  Bolotas

Heji                                                  Mistura de pós

Jiaonang                                         Cápsulas

Keli                                                  Grânulos

Pian                                                 Tabletes

Ruanjiaonang                                Cápsulas moles

San                                                  Pós

Tang                                                Decocção

Wan                                                 Pílulas

Yin                                                   Líquido